
Parece que a felicidade tornou-se um imperativo. Confirmam isso as centenas de livros que pretendem nos ensinar a ser feliz e o tom de escândalo com que as notícias consideradas tristes são publicadas. De um lado, pilhas de jornais anunciando com pesar e lamentação acontecimentos que compõem a dinâmica do mundo e que não devem ser considerados absurdos em si; do outro lado, infindáveis textos de auto-ajuda consumidos vorazmente por pessoas que parecem não entender esta dinâmica.
Na verdade, são pessoas muito ocupadas para entender isso. Perdidas em suas dezenas de afazeres, interessadas em sempre trabalhar mais: têm de comprar um carro melhor, depois aumentar a segurança da casa para que o carro esteja protegido, e então se mudar para um bairro onde carro e família estejam seguros. Elas trabalham, cansam, consomem... trabalham, cansam, consomem... e são consumidas por esse ciclo. Mas não vivem ou pouco vivem, porque não saem dele. E quando tentam sair, escolhem armadilhas como são os tais textos que pensam o infortúnio como anormalidade e a felicidade como uma fórmula única que pode ser sugerida a todas as pessoas. Caminhos tortuosos que em nada ajudarão aqueles que desejam experimentar mais bem-estar.
Ausência de infortúnios não pode ser pressuposto para felicidade; isso é ingênuo e ideal, não real. Ela também não pode ser encontrada numa receita que cabe a todos os homens; tal nivelação não existe e só geraria uma vida inautêntica e artificial, o que é oposto à felicidade. Já ajudaria muito para um maior sentimento de bem-estar o reconhecimento da inutilidade dos textos de auto-ajuda e da urgência em vivermos existências mais espontâneas e subjetivas, fazendo o que nós mesmos nos prescrevermos, e não os referidos manuais.
Na verdade, são pessoas muito ocupadas para entender isso. Perdidas em suas dezenas de afazeres, interessadas em sempre trabalhar mais: têm de comprar um carro melhor, depois aumentar a segurança da casa para que o carro esteja protegido, e então se mudar para um bairro onde carro e família estejam seguros. Elas trabalham, cansam, consomem... trabalham, cansam, consomem... e são consumidas por esse ciclo. Mas não vivem ou pouco vivem, porque não saem dele. E quando tentam sair, escolhem armadilhas como são os tais textos que pensam o infortúnio como anormalidade e a felicidade como uma fórmula única que pode ser sugerida a todas as pessoas. Caminhos tortuosos que em nada ajudarão aqueles que desejam experimentar mais bem-estar.
Ausência de infortúnios não pode ser pressuposto para felicidade; isso é ingênuo e ideal, não real. Ela também não pode ser encontrada numa receita que cabe a todos os homens; tal nivelação não existe e só geraria uma vida inautêntica e artificial, o que é oposto à felicidade. Já ajudaria muito para um maior sentimento de bem-estar o reconhecimento da inutilidade dos textos de auto-ajuda e da urgência em vivermos existências mais espontâneas e subjetivas, fazendo o que nós mesmos nos prescrevermos, e não os referidos manuais.
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