quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Be with me


Be with me é um filme que exige paciência e silêncio, por fora - na sala, no quarto onde você se dispor a assisti-lo - e por dentro - da sua mente.

Recomendo, sim, estar em silêncio e sem pressa, preparado, enfim, para ouvir e ver (mas que ironia!) a história que Theresa, cega e surda, quis nos contar.

O filme evita o máximo que pode o barulho e os sons ambientes prescindíveis. Restam os diálogos - que sao poucos - e momentos em que nao se ouve um zumbido de inseto, tal como deve ser para Theresa, nossa brava narradora que nao pode enxergar nem ouvir.

Mas diferente do que podem pensar, nao estamos diante de um melodrama, e é difícil nos aproximar dos personagens, como somos acostumados a fazer buscando afinidades e identificaçoes, porque aqui eles quase nao conversam e sao filmados quase como num documentário enquanto cozinham sozinhos em casa ou conversam pelo MSN.

Um filme de uma ternura rarissíssima, que dificulta até mesmo chorar, porque geralmente só sabemos chorar com melodramas baratos.

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