quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Tropa de Elite 2: por um Capitao Nascimento menos popular


Fui assistir à continuaçao do Tropa de elite sem ler nada a respeito, e acho que apenas por minha re-fascinaçao pelo Wagner Moura, após ver sua recente entrevista no Roda Viva.

Apesar de eu ter gostado do primeiro filme por ter me levado a pensar sobre um problema da realidade brasileira, eu nao esperava por uma continuaçao no sentido de desejar uma. Além de tudo, à época do primeiro Tropa, incomodava-me o fato de o filme ser consumido e ser do gosto do mesmo populacho que consome o, pra mim, detestável cinema de açao americano.

Acontece que agora, nesse segundo Tropa, já nao vivo no Brasil e nao acompanhei o recebimento desse filme por lá. Nao sei o que os críticos escreveram (simplesmente porque nao o quis saber), nem se o povo curtiu.

Arrisco dizer que a massa consumidora dos filmes do Jackie Chan gostou um pouco menos do Capitao Nascimento e su tropa. O que, inversamente, significa dizer que eu gostei um pouco mais, ou bem mais.

A favor, conta que, no geral, o filme me remete menos àqueles filmes estadunidenses, sem tempo pra respirar entre uma saraivada de tiros e outra. Depois, há mais tristeza porque também há mais consciência, e isso sempre será assim: esta causando aquela. E nos filmes, como na vida, isso cai muito bem.

O Capitao Nascimento amadureceu e é um homem um pouco mais triste. Mas também um pouco mais sábio.

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