terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Filme: A serbian Film


Foi apenas pesquisando uma imagem para ilustrar meu curto e superficial comentário sobre esse filme, que descobri seu nome em português: A serbian film - Terror sem limites.
Quando eu o assisti há alguns meses, desconhecia o complemento "Terror sem limites", e agora que o descobri, ele me fez pensar no que a falta de limites significa no caso particular dessa película.
Seu subtítulo nao é uma propaganda enganosa: o terror ali é mesmo ilimitado. Claro que sempre se pode ser mais explícito e filmar de modo mais claro o horror, mas esse nao é o ponto, e sim que as ideias que produzem o terror ou que os temas-tabus estao todos ali.
E apesar de tudo, nao me assustou, nao me chocou, nao me tocou. Serei eu o frio e perverso que de noite desejo dormir com algum garotinho de 11 anos? Bem longe de mim.
Acontece que esse filme é ordinário e coisa ordinária nao mexe comigo.
Um filme infantilmente exibicionista que tenta inclusive buscar profundidade usando um tema político como subtexto - a autovisao da Sérvia no contexto europeu - como se a afirmaçao da película mesma de que ela também é política, simbólica e metafórica, de que ela discute temas políticos recentes relevantes ao seu país de origem pudesse sancionar ou justificar a necessidade (SIC) do monte de sangue e polêmica que ela espalha pela tela apenas para causar impacto.
O que ficou claro pra mim foi uma exibiçao barata de um elenco de tabus como numa ganância para se fazer enxergar como filme comercial que concorre com tantíssimos outros pela atençao do espectador, sem oferecer nada senao um horror vazio.
A ausência de limites aqui só significou uma descida ao mais baixo nível da competiçao mercadológica oferecendo aos olhos uma imagem vazia de qualquer conteúdo e filmada de um jeito ordinário, convencional e previsível. Deu saudade dos diretores adultos.

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